sábado, 9 de maio de 2009

Contradições da vida cristã - Final

Vamos a quinta e última contradição da vida cristão, reflexão proposta por meu amigo Edmilson Bizerra. Leia e reflita!


5. No começo de sua epístola Tiago escreveu: “Meus irmãos, considerai motivo de grande alegria o fato de passardes por várias provações” (Tg 12.2). 

Qual é a pessoa que acaba de perder o emprego, descobrir que está severamente doente, perder a família, casa, enfim, que acaba de sofrer uma grande tragédia, sai cantarolando exultando de alegria! Basta a gente tropeçar na calçada que já achamos que o pedreiro que deixou aquele desnível foi um tremendo profissional, um verdadeiro Picasso! Não é assim!

Como é que eu posso me alegrar quando os meus vizinhos na minha frente são amigos, mas nas minhas costas não param de falar mal de mim? Como é que eu posso me alegrar se as pessoas que me dizem que são minhas amigas são as primeiras a me deixar de lado, me criticar, me enganar? Como é que eu posso me alegrar quando não tenho saúde, não tenho emprego, não tenho disposição, nem amigos? Isso não é uma contradição? 

Pode parecer, mas não é. Nenhuma dor física, emocional, espiritual, financeira nessa vida num primeiro momento produz alegria. John Hus, nascido na Boemia, hoje parte da R Checa, foi queimado na fogueira no dia 6 de Julho de 1415, porque não concordava que o Papa era alguém divinamente ordenado para o seu cargo. Apesar de poder dizer não e continuar vivo, ele optou pela morte.  

Na noite anterior a sua morte, ele foi perguntado se estava pronto para morrer. E a sua resposta foi um tremendo e convicto não. Mas foi um não seguido de “no momento certo Deus me ajudará a estar”. E de fato, no dia seguinte, ele oi queimado vivo louvando ao Senhor. Ninguém está preparado para os momentos difíceis. Honestamente, eu não estou. Eu não estou preparado para perder a minha esposa ou um dos meus, ou para passar por alguma outra tragédia ou perseguição qualquer.  

Por outro lado, a grande diferença é que apesar de não estar preparado, a minha convicção e certeza é que como Tiago continua, eu sei que cada prova da minha fé, que o Senhor me permite passar, produz perseverança, e a perseverança por sua vez tem a função de me aperfeiçoar e me fazer completo para que eu em nada falte.

Escrevendo aos Romanos Paulo pergunta: “Que poderemos dizer diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (8.31). A resposta é: todo mundo. Porque mais adiante ele dá uma lista terrível de tribulação, angústia, perseguição, fome, privação, perigo, espada, dizendo que somos entregues a morte todos os dias, como ovelhas que vão para o matadouro. Então, a pergunta não deveria ser quem não será contra nós? Mas em vez disso, ele diz quem será conta nós? Por que? Não faz sentido? 

E então ele diz: “em todas essas coisas (esses desastres, penúrias, problemas, dificuldades) somos mais que vencedores!” Como é que podemos ser mais do que vencedores se nós ainda assim passamos por todas essas coisas? 

A resposta de Paulo está no ver. 18: “Considero que os sofrimentos do presente não e podem comparar com a glória que será revelada em nós”. Ou seja, mesmo tudo aquilo que podemos experimentar como adverso, ruim, nessa vida, Deus transforma tudo para o nosso próprio benefício. Não escaparemos das coisas ruins desse mundo, por outro lado, temos certeza que seremos mais do que vencedores porque mesmo os inimigos que causam a nossa dor, que roubam momentaneamente a nossa alegria, Deus os transformará em servos do nosso bem, para que sejamos moldados e transformados à imagem de Jesus Cristo. 

E a promessa que temos que Deus Pai que não poupou nem o próprio Filho, Jesus, mas, o entregou por todos nós, como não nos dará também com ele todas as coisas? (8.31) 

Quer prova maior do amor de Deus? É por isso que podemos considerar motivo de grande alegria passar por provações, ou como Paulo mesmo disse em 2Co 4.17ss... “por isso não desanimamos. Ainda que o nosso exterior esteja se desgastando, o nosso interior está sendo renovado todos os dias. Pois nossa tribulação leve e passageira produz para nós uma glória incomparável, de valor eterno, pois não fixamos o olhar nas coisas visíveis, mas naquelas que não se vêem; pois as visíveis são temporais, ao passo que as que não se vêem eternas.

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