quinta-feira, 28 de maio de 2009

Perdendo o bonde da história

Vamos lá, iniciar um assunto que também gosto muito: política!


Será que mais uma vez o Brasil perderá o bonde da história? Mais uma vez uma grande crise mundial assola o mundo, só que desta vez, pegou um Brasil mais preparado, com reservas econômicas e com uma democracia e moeda estável. Mas só isso não basta!

Os analistas econômicos pelo mundo afora são unânimes em apontar o Brasil como grande força mundial que pode definitivamente emergir quando a crise acabar. Mas para crescer, é preciso esqueleto! Não adianta uma pessoa só crescer, engordar e criar massa muscular, se não tiver estrutura para isso. O mesmo acontece com a economia: para crescermos, precisamos ter uma estrutura que suporte e permita esse crescimento, que é o que chamam de infraestrutura.

E é nesse quesito que ainda estamos muito, mas muito atrasados. Nossos portos estão já operando além de sua capacidade, e com tecnologia arcaica. O mesmo podemos dizer de nossos aeroportos, que atraem cada vez mais vôos do mundo todo, mas que não trabalham na construção / modernização de novas pistas entre outros. Estradas? Tivemos um grande progresso com as concessões, mas ainda boa parte da malha viária brasileira é um lixo, ou melhor, um monte de buracos.

Em reportagem que aparece hoje na capa do UOL, afirma-se que passados dois anos, apenas 3% das obras do PAC foram concluídas, e o mais assustador: mais de 70% ainda sequer sairam do papel! O PAC teoricamente foi criado para isso, para investir em infraestrutura para permitir que o país cresça!

Reforçando o que eu já disse: para uma economia crescer, precisa de estradas e ferrovias (aliás, não entendo porque um pais continental como o Brasil não investe mais nessa modalidade barata e eficiente de transportes... seria o lobby das automontadoreas?) para que a produção escoe pelo país, chegando até os aeroportos e portos, de onde são exportadas.

Bem, isso sem falar que ainda somos um país muito atrasado em infraestruturas sociais mesmo, como saneamento básico. Não adianta querer rios limpos sem recolher e tratar os esgotos. Acho que não verei em vida o Tietê despoluído...

Enfim, algo precisa ser feito, e rápido. Sei que obras de infraestrutura não começam e acabam em algumas semanas, mas precisam sair do papel e começarem. Usinas, estações de tratamento de água e esgotos, canalização e despoluição de córregos, programas sérios de criação de moradias decentes para diminuir o número de favelas...

O bonde está passando, espero que não percamos ele de novo.

É isso.

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